domingo, 29 de maio de 2016

UM COMENTÁRIO SOBRE OS COXINHAS DAS MANIFESTAÇÕES

Do Fernando Brito, em seu Tijolaço

Gaspari e o fim das ilusões. Nem todas, porém. Ou as ruas eram “anticorrupção”?

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Em seu artigo de hoje, Elio Gaspari faz um contraponto entre o que se passava no dia 11 de março: enquanto os manifestantes do impeachment se preparavam para ir à rua, Sérgio Machado e seu gravador registravam as combinações para mandar Dilma embora e trancar a Lava Jato.
É um fato, mas está-se  distante da verdade quando se pensa em toda aquela gente como adoradores da honradez e combatentes anticorrupção.
Se fossem, porque a quase completa omissão ao mais icônico corrupto no poder, então, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha?
Achar um “Fora Cunha” por ali era mais difícil que acertar na sena.
O objetivo da Lava Jato e as “ruas” sempre foi a derrubada de um governo social-trabalhista.
E sua missão, a de identificar o “petismo”com a corrupção.
Só que a corrupção – que chegou ao Brasil com as caravelas de Cabral (Cabral, o Pedro, não o outro, que já a encontrou de guardanapo e muitos talheres) –  é endêmica num sistema político podre como o brasileiro, onde se destruíram os partidos, as ideologias e as chances eleitorais de quem não entra nesta “roda”.
Enganou-se, portanto, quem acha que este processo de “caça aos corruptos” pudesse poupar alguém, circunscrevendo-se ao PT e a alguns casos muito escandalosos, como o do próprio Eduardo Cunha.
Num estranho vaticínio, Dilma Rousseff parece ter razão naquele “não vai sobrar pedra sobre pedra” que, há muito tempo atrás, previu.
Não se sabe onde a onda de lama vai chegar.
Ao grupo de Temer, chegou com força, e já muita gente especula que nas gravações de Machado também está o homem que disse ser capaz de unir o Brasil”.
Ao PSDB, apesar dos diques que constroem a mídia e Gilmar Mendes, já “encaixotou” Aécio, que – nisso os grampeados têm razão – sequer é mais alternativa eleitoral.
Resta saber o que vem atrás dela.
A ditadura do Judiciário, dos “limpos” e sem voto, a não ser o de seus próprios pares.
Como no tempo em que os oficiais-generais “elegiam” qual, dentre os “cinco estrelas”, deveria exercer o poder.

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