terça-feira, 12 de abril de 2016

UM GOVERNO DE RATOS

É o que o Temer está a propor, sob o pomposo (e falso) nome de governo de salvação nacional.

O sujeitinho insignificante com quem cruzei um dia na Drogaria São Paulo do Shopping Villa Lobos (já era vice-presidente), só notei sua presença pela movimentação dos agentes de segurança, não teria nunca a chance de ser eleito presidente. É difícil avaliar os efeitos da vaidade humana, mas creio que ele sabe bem isso.

Não teria por causa de sua postura corporal. Não encaixa. Assim como José Dirceu e Fernando Henrique Cardoso, os quais também encontrei pessoalmente, o último cheguei a trocar algumas palavras, quando ele era candidato a senador. Demasiado arrogantes os dois. FHC só foi eleito por ter roubado os créditos do Plano Real, o primeiro que deu certo em derrubar a inflação, do presidente Itamar Franco e dos economistas que escolheram os instrumentos e os implementaram. José Dirceu, ele era também um bocado antipático, o que é mercado mortal para um político que se candidate a cargo majoritário.

Os ratos que cercam Temer, o rei ratinho, e já guincharam ao aprovar o relatório que abre processo de impeachment, seriam incapazes de segurar, sem recorrer  à violência. Seu governo anunciado pelo "vazamento" é ilegítimo, e assim é sentido por uma parcela consciente e bem significativa da população brasileira. 

Os ricos por detrás do golpe sabem muito bem disso. Eles não conseguiram até agora trazer os militares para fazer o seu serviço sujo, como em 1964. Mas o caos esperado, caso consigam o que querem e derrubem o governo legal, seria em seu cálculo o caldo para a ascensão de um grupo de militares ou, quem sabe, um Mussolini ou Hitler para nossos dias, quem sabe um Bolsonaro? 

É por isso que é importante a mobilização hoje contra esses agentes do retrocesso, coveiros dos projetos de emancipação e da liberdade. Não vai ter golpe.

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