quinta-feira, 10 de setembro de 2015

O QUE EU GOSTARIA DE ESTAR DISCUTINDO AGORA

Claro, dentro do meu círculo de interesse.

Trata-se da política de desenvolvimento de tecnologia.

Há muito se sabe que a evolução do modo de fazer coisas é o que impulsiona a transformação da sociedade e do modo como a sociedade se relaciona com a base de meio ambiente.

Os governos Lula e Dilma avançaram bastante no apoio a pesquisas acadêmicas, quantitativamente. Mas têm estado muito aquém de uma política que traga transformações. Não que a culpa seja toda do governo, a não ser por esperar mais do setor privado "nacional" do que esse setor se mostra capaz de fazer.

Como coloca muito bem a Marina Mazzucatto, em toda parte o Estado tem um papel fundamental no desenvolvimento tecnológico, abrindo caminhos, correndo riscos que os privados são medrosos ou acomodados demais para correr. 

Os tucanos e outros neoliberais têm repercutido "verdades" dos países desenvolvidos, os Estados Unidos à frente, como de costume, de que política industrial é uma coisa superada. É o que se chama em inglês, kick the ladder, ou derrube a escada, depois de tê-la usado, para que os que vêm atrás não consigam subir.

Esse pessoal, do ponto de vista do interesse do povo brasileiro, está perfeitamente errado. Estão aí os países que pularam à frente, como o Japão, os Tigres Asiáticos,os Novos Tigres Asiáticos, a China e a Índia. Melhorando a vida de seus povos, bem diferente do que vem sofrendo, por exemplo, o México.

Imaginem se, em vez de continuar a prestar respeitos ao "mercado", nossos governos começassem a fabricar mercados? Mercados de produtos finais, de máquinas, de mão de obra qualificada, dentro de estratégias negociadas às claras com os parceiros do Mercosul e do BRICS, inclusive como resposta aos tratados ultrassecretos sobre produtos e serviços que os EUA estão impingindo no Pacífico e no Atlântico? 

É, mas a hipócrita cruzada "contra a corrupção" continua a todo vapor, alimentada pelos reacionários de praxe, os mesmos que engessaram os sonhos dos brasileiros por mais de vinte anos na ditadura civil-militar. Obrigando os que colocam o país na frente de seus interesses individuais a despender tempo e energia para defender uma democracia que eles querem mais uma vez destruir, e sem a qual nenhum futuro fora do caos imposto pelo império pode prevalecer.

E essa discussão é mais uma vez adiada.




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