quinta-feira, 23 de outubro de 2014

MEU TESTEMUNHO PARTE 3: GERALDO ALCKMIN

O melífluo e falso Geraldo Alckmin.

Encontrei  com o então vice-governador de Mário Covas e presidente da Comissão Estadual de Desestatização (ou nome parecido), eu fazendo parte de um grupo de sindicalistas, acadêmicos e de políticos do PT e do PCdoB que havia agendado uma reunião com ele e com David Zylbersztajn, então secretário de energia do estado.

O governador Covas já havia traído o compromisso que havia assumido conosco, através de Zylbersztajn, de não privatizar as empresas de energia estatais de São Paulo: CESP, CPFL, Eletropaulo e Comgás. Estávamos lá para procurar minimizar os prejuízos para os serviços de energia no estado. Fora alguns elogios de Alckmin ao então deputado do PCdoB  Jamil Murad, que também como médico era bem mais qualificado do que ele, nada resultou de positivo da reunião. As privatizações ocorreram inclusive com dinheiro do BNDES, e muitas moedas podres, como queriam os donos do mundo.

O resto é história. Destaco o massacre de detentos em uma emboscada armada perto de Sorocaba pela polícia, a negociação espúria, secreta entre um governo do estado e um chefe do crime organizado, Marcola, e a violentíssima desocupação do bairro de Pinheirinho, em favor do famoso "investidor" Nagi Nahas. Tudo coroado pelo apoio a massacres de suspeitos nas periferias por esquadrões da morte formados por policiais.

Fiel à pataquada da eficiência privada, deixou a cargo da SABESP privatizada em sua gestão a iniciativa de cuidar do abastecimento de água no estado de São Paulo, renunciando de uma responsabilidade estratégica em favor da geração de dividendos para os acionistas que adquiriram parte da empresa na bolsa de Nova Iorque. Sobre isso não vou me estender.

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