terça-feira, 11 de março de 2014

NÃO VAI FALTAR ÁGUA EM SÃO PAULO

No dia primeiro de abril, talvez.

Abastecimento de água é questão séria demais para se permitir que os critérios da "eficiência" privada sejam aplicados.

Exige planejamento de longo prazo, investimentos na oferta para atender ao crescimento da demanda e para manter as perdas na distribuição de água em níveis razoavelmente baixos (que é o que não acontece em São Paulo).

Agora, o colapso do sistema de distribuição de água no Estado de São Paulo vai encontrar a sociedade toda de calças curtas. 

Vai faltar água para manter a saúde, e a água a ser distribuída terá a qualidade deteriorada, por dois efeitos: o uso de água do fundo das represas, e os vazamentos de fora para dentro da rede de distribuição que ocorre sempre que se interrompe o bombeamento e a pressão fora dos canos é maior que a de dentro.

Não estamos preparados, porque o governo do estado tem sonegado as informações sobre o real estado do abastecimento de água, porque a imprensa e a mídia corporativa tem se omitido pelas suas ligações com esse governo, e porque os movimentos sociais têm estado desmobilizados, em grande parte também pelo desgarramento do PT em relação a eles.

Movimentos sociais deveriam estar prestes, e com meios de mobilizar a população na defesa de seus interesses. A política partidária, tal como ela é praticada hoje no Brasil, relegou e em alguns casos tem tratado de criminalizar esses movimentos sociais. Com as pessoas sentindo-se não representadas pelos aparelhos do estado, é de se esperar mais revoltas caóticas, a serem exploradas por neofascistas e por viúvas da ditadura.

Para ter uma ideia do que hoje ocorre, veja, do Tijolaço,  estes três posts: um , dois e três.

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