terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

EU ME SINTO HUMILHADO. VOCÊ NÃO?

É assim.

As tarifas dos serviços públicos são altas e os serviços permanecem péssimos, e quando algo ocorre mudança, é para pior. 

Serviços públicos são aquelas coisas que os neoliberais chamam mercadorias mas não são. Não são porque são essenciais à vida moderna: água tratada, esgotos tratados, energia elétrica, telefones, internet, gás. E porque são monopólios naturais.

Eles estão todos em mãos privadas, vários deles com participação de bancos. A maioria estrangeiros, mas os que têm capital daqui não têm sido melhores. Para que melhorar? Para que atingir metas que as agências reguladoras não impõem, e que se impõem não cobram? Agências reguladoras fizeram parte do pacote da privatização que começou com Collor e que voou alto com FHC. No Estado de São Paulo, a SABESP passou a ser administrada com lógica de empresa privada, e hoje temos racionamento em muitas dezenas de municípios, ameaçando atingir também a capital.

Nós fomos privados de influir sobre esses serviços, que agora pertencem aos acionistas  (que incluem fundos de pensão) mas são administrados sob a lógica privada. Que busca extrair todo o dinheiro que possam, para pagar os dividendos aos acionistas e, cada vez mais para acumular as fortunas de seus presidentes e diretores. O dinheiro para melhorar os serviços e para a manutenção é desviado. Essas empresas controlam uma quantidade enorme de políticos  a mídia empresarial, e os grandes jornais e revistas, que por exemplo culpam o governo federal pelos apagões, quando essa culpa na verdade é a de não ter mudado um ambiente em que as privadas deitam e rolam, às custas da população.

Todas as condições em que foram feitas as privatizações foram estabelecidas em benefício das privadas. Você pode até conseguir falar com os telefones para reclamações, mas isso não muda a incidência e a gravidade das falhas. Isso tudo foi imposto ao Brasil pelo FMI e Banco Mundial, para beneficiar o poder financeiro de bancos e empresas de energia dos países que mandavam nos dois. E o dinheiro para expandir a oferta e melhorar a qualidade dos serviços públicos acaba sendo canalizado para os um por cento. Alguma dúvida?




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