domingo, 5 de maio de 2013

CORRENTES DE E-MAILS DA DIREITA

São parte do processo político, mas não são uma forma de debate democrático. No Brasil concentram-se em veicular acusações contra o governo federal e o PT, grande parte das quais perfeitas fabricações. As pessoas que as reproduzem e redistribuem o fazem por ter tomado partido contra alguma coisa que elas não aceitam na realidade atual ou em iniciativas, idéias, atitudes de fora de seu círculo.

Frequentemente as acusações são de corrupção. Neste caso, às vezes sobra também para instituições, como os parlamentos. Descuidam, deliberadamente ou não, de qualificar, quantificar as formas de corrupção, de apontar caminhos para controlar essas formas, esquecem quase sempre de apontar para os indivíduos e principalmente os executivos das empresas que corrompem. 

Quando o governo fortalece órgãos de combate à corrupção, como a polícia federal, ou apresenta uma proposta de reforma eleitoral que em outros países permitiu diminuir o poder das corporações de determinar  quem vence as eleições, essas pessoas, os órgãos da mídia e partidos como o PSDB e o DEM negam os avanços, tergiversam, opõem-se e não deixam a situação evoluir. Não estão interessados em democracia. Afirmam que governos eleitos que contrariam os interesses das mídias e dos Estados Unidos são ditaduras, embora a liberdade de organização e de imprensa seja total, e com muito mais diversidade do que no Brasil.

Ditaduras foram as ditaduras, exercidas no século passado por militares. Hoje estamos melhor sem elas, estamos possivelmente avançando - muito devagar, com muitos retrocessos mas avançando. Os preconceituosos, os racistas, os que não se sentem confortáveis com os avanços, mesmo capengas, mesmo incompletos, mesmo com concessões, às vezes enormes aos interesses das grandes corporações e com parte dos diktats do império, não se conformam e atacam as instituições da democracia. 

Atacam os partidos. Da mira dessas pessoas são poupados os partidos mais permanentes deste país, a Igreja e as Forças Armadas. Mas esses partidos são incompatíveis com as formas democráticas da política, a não ser que se abstenham de nela intervir.Precisamos de respeito, de poder debater o papel do Estado, políticas públicas para melhorar as condições das pessoas e defender onde possível a soberania deste país. A direita não está ajudando.

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