terça-feira, 25 de outubro de 2011

A VIOLÊNCIA ESTÁ EM DECLÍNIO?

A percepção comum a muita gente, a partir do acompanhamento das notícias locais e internacionais, é de que a violência está em ascensão. Crimes ligados ao narcotráfico, agressões e guerras americanas e israelenses no Oriente Médio e no norte da África, guerras regionais e civis entre tribus ou nações na disputa por terra e água, repressão violenta contra protestos em toda a parte, indicam que aqui e lá a situação parece estar ficando cada vez mais violenta. Na cidade de São Paulo, onde nasci e vivo, nas cidades do interior do estado, as pessoas procuram se cercar de cuidados crescentes contra roubos e agressões, e comentam que antes as ruas eram mais seguras há dez, vinte ou mais anos atrás. Skinheads e outros grupos de jovens atacam homossexuais, negros, moradores de rua. Esta visão de piora, entre nós, já foi contrastada por historiadores e sociólogos que apontam para nosso passado violento, com os massacres dos indígenas, a escravidão (muitos relatos indicam que a violência contra os escravos e escravas no Brasil foi pior aqui que em outras partes da América). E globalmente? Um alentado (832 páginas) estudo pelo sociólogo Steve Pinker, da Universidade Harvard, - The Better Angels of our Nature: Why Violence Has Declined, indica que a tendência a longo prazo seria bem diferente. Em dois aspectos - o número de homicídios por 100 mil pessoas, e a mortandade em guerras, também em relação ao conjunto das populações, tem havido um consistente declínio da violência entre humanos ao longo dos séculos. Uma resenha deste livro, mais comentários, pode ser encontrada na coluna de Michael Schermer no Scientific American, edição de outubro de 2011. Uma pequena menção pode ser encontrada na chamada para uma conferência de Pinker, no link http://www.skeptic.com/past-lectures/.

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